Rota e planejamento

Parece mentira, mas o planejamento concreto de toda a viagem começou 24 dias antes de sairmos. É de 3/11 o primeiro e-mail com destinos, datas e tempo de viagem. Obvio que foi uma correria arredondar todo o plano, arrumar burocracias, papelada, etc. Mas deu tudo certo, e em 27/11 partíamos de São Paulo rumo a Foz do Iguaçu com o seguinte roteiro final:

O plano ainda incluia Córdoba, que teve de ser cortada por causa do prazo – chegar em Porto Alegre até 24/12 para passar o natal com a famiília do Gustavo, que é de lá. Alguns caminhos melhores ainda aprenderíamos, como é natural, ao longo da viagem. Infelizmente, um dos mais legais, que seria a região das Misiones na Argentina, aprendemos só depois, ao chegar em São Miguel das Missões (RS).

Conversando com o dono da Pousada das Missões (leia sobre a fatídica viagem a São Miguel e sobre as ruínas jesuíticas) descobrimos que vacilamos de pegar a balsa entre Alba Posse-Porto Mauá. Melhor seria ter cruzado mais ao sul, entre San Javier e Porto Xavier. Enfim… vivendo e aprendendo.

Fora o planejamento, há uma série de documentações e itens que precisam ser seguidos quando se viaja pelo Mercosul:

O principal é o seguro Carta Verde. Ele tem um nome formal, mas todos conhecem como Carta Verde, mesmo, e cobre qualquer dano contra terceiros em países membros do Mercosul – Paraguai, Uruguai e Argentina (ok, Venezuela também é membro, mas acho difícil incluí-lo no mesmo roteiro de carro).

Em cidades fronteiriças – Foz do Iguaçu, Porto Mauá, Uruguaiana (exemplos pelas quais passamos) dá pra fazer este seguro em pequenas oficinas. Não nos informamos sobre valores, no entanto, já que saímos de São Paulo com ele já acertado.

Para o Palio, com cobertura da Porto Seguro para danos materiais até R$ 40.000 entre 26/11 e 23/12 (27 dias), o seguro saiu por R$ 185,34, e foi feita com a mesma corretora do seguro normal do carro que temos. Sem enrosco, nem maiores burocracias.

Equipamentos de rodagem

Além da Carta Verde (é preciso rodar por lá sempre com ele), a Argentina tem itens obrigatórios no carro diferente do exigido no Brasil. Após ler em outros blog, consultamos o consulado – cpablconsular@mrecic.gov.ar – para nos certificarmos dos itens diferentes, que são:

  • Cabo de aço ou cambão (compramos em uma loja normal de artigos para carros)
  • Dois triângulos (sim, é preciso comprar um mais)

Fora isso, e no Chile e no Uruguai, os itens normais no Brasil cumprem o requisito. Abaixo a carta em PDF recebida do consulado. Não deve ter mudado desde que a recebemos, em 26/11/2014:

Viaje en Coche – Lista Consulado Arg

Sobre a polícia estrangeira

Antes da viagem, limos muito também sobre a corrupção da polícia argentina, sobretudo em províncias mais pobres, como Misiones, Salta e Jujuy. Pois pode ter sido sorte, mas não tivemos nenhum problema de qualquer tipo.

É muito comum ver bloqueios policiais – na Ruta 12 e na Ruta 14, ambos em Misiones, paramos em vários – nas rodovias. Mas em todas pelas que passamos, perguntaram se viajámos só os dois, em alguns casos pediram os documentos do carro, a Carta Verde e a CNH, e fomos liberados em seguida. Portanto, pela nossa experiência, só posso dizer: Viaje com tudo em dia e aproveite, porque as estradas são muito boas, e os pedágios muito mais baratos – aliás, sobre os valores de pedágio e gasolina escreveremos mais para frente. Fomos anotando todos os gastos. E se prepare: em todos os lugares por que passamos o combustível é mais caro que no Brasil!

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One thought on “Rota e planejamento

  1. Pingback: De volta à Argentina | Palio Sudaca

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